sexta-feira, 22 de abril de 2011

artigo do meu(nosso) TCC - 2010

– Hey, estou apenas postando o artigo do TCC que meus colegas e eu desenvolvemos em 2010. Este documento foi inteiramente dissertado, redigido e revisado por mim. A pesquisa teórica que lhe deu base consistiu de aproximadamente 60 páginas, com alguns capítulos tendo sido produzidos por outros 3 integrantes do grupo. 
Antes desta pesquisa, a reunião de materiais bibliográficos e referenciais diversos, bem como todo o período de brainstorm, contou com a contribuição de todos os 7 integrantes do grupo. Mas devo ressaltar que a linha de raciocínio, a argumentação, e a criatividade exercida neste trabalho foi de influência majoritariamente minha. É por esse motivo que o exponho aqui, no meu "ghost-blog"
– Só hoje eu resolvi fazer isso... afinal, não me importo em ser um blogueiro assíduo, o que explica meus posts tão tardios.
:)


DOPPEL: Identidade e Sociabilidade no Ciberespaço

- Resumo -
Doppel é um projeto de design em interatividade experimental que explora o conceito da afirmação de identidade como simulacro – um duplo substituto do indivíduo destituído de seus valores originais, submetido a uma condição de morte que corresponde às visões criticas de autores como Jean Baudrillard e Adolfo Bioy Casares. Com isso, propõe então uma experiência digital on-line baseada na desconstrução do avatar e na forma de identidade como um demiurgo (ou anonimato), na perspectiva de fazer o público interator [usuário] experimentar uma nova maneira de encarar o ciberespaço e de entender a si mesmo, experimentando estética e cognitivamente formas de interação não convencionais.
Palavras-chaves: simulacro, identidade, morte.


DOPPEL: Identity and Sociability in Cyberspace

- Abstract -
Doppel is a design project in experimental interactivity that explores the concept of affirmation of identity as a simulacrum – a double replacement of the individual devoid of his/her original values, submitted to a condition of death that corresponds to the critical views of authors such as Jean Baudrillard and Adolfo Bioy Casares. Then proposes a digital online experience based on the deconstruction of the avatar and in the form of identity as a demiurge (or anonymous), relying on the perspective of making the public interactor to experience a new way of looking at cyberspace and to understand his/herself, experiencing aesthetic and cognitively forms of interaction outside the conventions.
Keywords: simulacrum, identity, death.


Versão completa: 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

por que?

Este texto é um comentário que fiz para um post do blog Sedentário Hiperativo. A matéria completa está aqui:
http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/existem-mulheres-estupraveis-39350
em colchetes, eventuais correções ou sentenças que acrescentei aqui, neste meu "desert-blog"...


ok, então, a questão por trás de tudo o que foi discutido aqui é a seguinte:
- Por que o ser humano está ficando cada vez mais demente e fora de controle, rumo à autodestruição?
Vestígios para a compreensão disso estão há milênios atrás… é como uma bola de neve que foi crescendo até chegar ao absurdo dos nossos dias.
Explicarei: o homem está ficando demente, apegando-se a meras ideologias (isto é, religiões, todas elas), perdendo o controle de seus impulsos libidinosos e entregando-se à pulsão de morte, porque, num dado momento/período da história, decidiu rejeitar tudo que pudesse lhe refrear seus processos mentais, desejos e impulsos interiores.
Ele decidiu acreditar apenas no que vê, fazendo vista grossa para o fato universal de que tudo que é visível veio do invisível, e para a invisibilidade retornará. Preferiu dar valor e significado à vida (por isso as religiões…), e fugir da morte a qualquer custo, esquecendo-se de que todo material veio do imaterial, toda vida origina-se do pó, e ao pó retornará, assim como o material está fadado ao imaterial e à completa invisibilidade… O sujeito passou a dar valor maior aos seus desejos, satisfações, a seu “bem-estar”, a seus bens materiais, a status, à sua acumulação de riquezas, poder, concentrar e acumular, sem dar conta do residual que sobra de tudo isso e sem se dar conta de que todo valor concentrado nas mãos de poucos sempre tende a reduzir-se a zero. Afinal, a equação equilibrada é de resto zero, ou seja, sem sobras, sem resíduos… Nada deve sobrar, nada deve restar, nada deve se concentrar, mas sim dividir-se, espalhar-se, repartir-se, compartilhar-se, desfazer-se, desaparecer… morrer…
Nada deve “valer”, mas sim reduzir-se a total desvalor, sobretudo o que sai das mãos do homem, o que ele cria e o que tenta rogar para isso valor maior.
O ser humano esqueceu-se que deve atribuir significado não para a vida, mas sim para a morte, e viver a vida sem sentido. É o que se fazia nas sociedades tribais antigas, até o advento da escrita linear, do código, do pensamento iluminista e da Revolução Industrial. A partir de então, o ser humano passou a viver em função de seu orgulho individual somente, e começou a entrar num processo cada vez mais grave de descontrole, sem saber lidar com tudo que acumulou como cultura, conhecimento, sem saber reduzir tudo a pó… sem aprender “a arte do desapego”. [No passado distante, o indivíduo vivia em prol da tribo/comunidade, não de si mesmo apenas... Dava-se festa para os que morreram, não para vivos. Não havia luto (pelo menos, não tão paranóico como o atual), não havia cemitérios, nem medo de espectros noturnos, sequer fantasmas... O indivíduo tinha uma relação mais próxima e íntima com os mortos... diferente de hoje, quando só se quer evitar e distanciar os mortos dos vivos...]
É por isso que agora vemos o homem destruir a mulher (o machista), a mulher destruir o homem (o/a feminista), e destruir-se a si mesmo, negando sua própria origem, por “puro” e simples prazer.
Ele agora vive em função de prazer sexual, de agrados, de satisfações, de apetites, de respeito, de reconhecimento, méritos, posses… de retornos, recompensas, de dar e receber “em troca”…. E para isso, nada melhor do que considerar tudo como “objeto de troca”, até o próprio ser humano em si.
Agora quer aliviar seus remorços com a ideologia da Sustentabilidade, quando na verdade, já está imerso numa completa Insustentabilidade há seculos, sem conseguir sair disso. Não consegue mais se sustentar, e não consegue mais dar conta de seus resíduos, [seu lixo] e seu “conhecimento” acumulado…
Estamos agora generalizando a demência, a insanidade, a perversão, a promiscuidade, e instituindo a própria loucura como princípio de cidadania e poder estatal… a loucura virou “princípio de realidade”, [virou "realidade integral"]
CONCLUSÃO
Devemos agora aprender a reduzir a zero todo valor acumulado, eliminar todo o [residual], ["igualar as diferenças"], calar a boca, ouvir mais e falar menos, aprender mais e julgar menos, fazer mais pelo próximo do que para si mesmo, e dar significado para a morte, vivendo a vida sem sentido certo ou “absoluto”… Apenas uma minoria muito ínfima consegue viver assim, sem medo da morte, morrendo e renascendo diariamente, por isso, estando longe de serem machistas, feministas, idealistas, religiosos, políticos, cientistas, etc, etc…
E é essa minoria que conseguirá ir além da vida e da morte, e experimentar o que jamais viu, ouviu, ou o que sequer já penetrou em coração humano… pois “muitos são chamados, poucos são os escolhidos”.
ps.: fique à vontade… faça seus “comentários”….

sábado, 2 de abril de 2011

desabafo


Eu cansei e já estou farto de muitas coisas... 
Cansei de julgar as aparências, cansei de tentar aceitar as pessoas só por suas qualidades. Cansei de me adaptar, de me "encaixar" às convenções sociais, ao que as pessoas pensam ser "felicidade", "liberdade",  "justiça", "direitos garantidos", "riqueza", "bem-estar"... Cansei de ter que só agradar, de ser agradado, de respeitar e ser respeitado, de me importar com o que dizem, com o que pensam... Já não me importo mais com gostos, preferências, pontos de vista, opiniões, comentários, depoimentos, posts, etc...
Cansei do paradigma "dívida/pagamento", de esperar alguma coisa "em troca" das pessoas... Cansei de confiar no ser humano, em suas promessas, em suas boas ou más intenções...
Não espero mais nada de ninguém... escolho agora fazer as coisas sem esperar nada em troca, sem esperar retribuição, respeito, reconhecimento, atenção... Chega de trocar economicamente com as pessoas. É insustentável...
Cansei da ideologia da Privacidade, da Propriedade Privada, de esconder as coisas erradas que eu fiz sob o pretexto da Privacidade... Não quero ter mais nada a esconder... 
É insustentável a ideologia da "preservação da vida a qualquer custo", de considerar a morte como algo ruim (não que seja necessariamente bom), ou separada de mim no tempo e no espaço... 
Aprendi que devemos buscar significado não para a vida, mas sim para a morte.
Aprendi que o indivíduo tem que ser aceito por seus defeitos, não pelas qualidades, pois são eles que permitem à pessoa ser quem realmente é, assim como sua própria impressão digital: diferente, singular. A pessoa tem que ser aceita por sua singularidade de ser e existir, sua incompreensibilidade inerente, o nonsense inerente a todos nós, aos fatos, aos fenômenos, e à própria Natureza.

Não me agrade, não me respeite...
xingue-me, julgue-me, critique-me, enfrente-me, desafie-me... crucifique-me...
Demagogia? Não, cansei de ser demagogo também. 
Fique à vontade para fazer o que quiser, mesmo não sabendo o que faz...

Derrotado?? Não, muito pelo contrário!