quarta-feira, 6 de abril de 2011

por que?

Este texto é um comentário que fiz para um post do blog Sedentário Hiperativo. A matéria completa está aqui:
http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/existem-mulheres-estupraveis-39350
em colchetes, eventuais correções ou sentenças que acrescentei aqui, neste meu "desert-blog"...


ok, então, a questão por trás de tudo o que foi discutido aqui é a seguinte:
- Por que o ser humano está ficando cada vez mais demente e fora de controle, rumo à autodestruição?
Vestígios para a compreensão disso estão há milênios atrás… é como uma bola de neve que foi crescendo até chegar ao absurdo dos nossos dias.
Explicarei: o homem está ficando demente, apegando-se a meras ideologias (isto é, religiões, todas elas), perdendo o controle de seus impulsos libidinosos e entregando-se à pulsão de morte, porque, num dado momento/período da história, decidiu rejeitar tudo que pudesse lhe refrear seus processos mentais, desejos e impulsos interiores.
Ele decidiu acreditar apenas no que vê, fazendo vista grossa para o fato universal de que tudo que é visível veio do invisível, e para a invisibilidade retornará. Preferiu dar valor e significado à vida (por isso as religiões…), e fugir da morte a qualquer custo, esquecendo-se de que todo material veio do imaterial, toda vida origina-se do pó, e ao pó retornará, assim como o material está fadado ao imaterial e à completa invisibilidade… O sujeito passou a dar valor maior aos seus desejos, satisfações, a seu “bem-estar”, a seus bens materiais, a status, à sua acumulação de riquezas, poder, concentrar e acumular, sem dar conta do residual que sobra de tudo isso e sem se dar conta de que todo valor concentrado nas mãos de poucos sempre tende a reduzir-se a zero. Afinal, a equação equilibrada é de resto zero, ou seja, sem sobras, sem resíduos… Nada deve sobrar, nada deve restar, nada deve se concentrar, mas sim dividir-se, espalhar-se, repartir-se, compartilhar-se, desfazer-se, desaparecer… morrer…
Nada deve “valer”, mas sim reduzir-se a total desvalor, sobretudo o que sai das mãos do homem, o que ele cria e o que tenta rogar para isso valor maior.
O ser humano esqueceu-se que deve atribuir significado não para a vida, mas sim para a morte, e viver a vida sem sentido. É o que se fazia nas sociedades tribais antigas, até o advento da escrita linear, do código, do pensamento iluminista e da Revolução Industrial. A partir de então, o ser humano passou a viver em função de seu orgulho individual somente, e começou a entrar num processo cada vez mais grave de descontrole, sem saber lidar com tudo que acumulou como cultura, conhecimento, sem saber reduzir tudo a pó… sem aprender “a arte do desapego”. [No passado distante, o indivíduo vivia em prol da tribo/comunidade, não de si mesmo apenas... Dava-se festa para os que morreram, não para vivos. Não havia luto (pelo menos, não tão paranóico como o atual), não havia cemitérios, nem medo de espectros noturnos, sequer fantasmas... O indivíduo tinha uma relação mais próxima e íntima com os mortos... diferente de hoje, quando só se quer evitar e distanciar os mortos dos vivos...]
É por isso que agora vemos o homem destruir a mulher (o machista), a mulher destruir o homem (o/a feminista), e destruir-se a si mesmo, negando sua própria origem, por “puro” e simples prazer.
Ele agora vive em função de prazer sexual, de agrados, de satisfações, de apetites, de respeito, de reconhecimento, méritos, posses… de retornos, recompensas, de dar e receber “em troca”…. E para isso, nada melhor do que considerar tudo como “objeto de troca”, até o próprio ser humano em si.
Agora quer aliviar seus remorços com a ideologia da Sustentabilidade, quando na verdade, já está imerso numa completa Insustentabilidade há seculos, sem conseguir sair disso. Não consegue mais se sustentar, e não consegue mais dar conta de seus resíduos, [seu lixo] e seu “conhecimento” acumulado…
Estamos agora generalizando a demência, a insanidade, a perversão, a promiscuidade, e instituindo a própria loucura como princípio de cidadania e poder estatal… a loucura virou “princípio de realidade”, [virou "realidade integral"]
CONCLUSÃO
Devemos agora aprender a reduzir a zero todo valor acumulado, eliminar todo o [residual], ["igualar as diferenças"], calar a boca, ouvir mais e falar menos, aprender mais e julgar menos, fazer mais pelo próximo do que para si mesmo, e dar significado para a morte, vivendo a vida sem sentido certo ou “absoluto”… Apenas uma minoria muito ínfima consegue viver assim, sem medo da morte, morrendo e renascendo diariamente, por isso, estando longe de serem machistas, feministas, idealistas, religiosos, políticos, cientistas, etc, etc…
E é essa minoria que conseguirá ir além da vida e da morte, e experimentar o que jamais viu, ouviu, ou o que sequer já penetrou em coração humano… pois “muitos são chamados, poucos são os escolhidos”.
ps.: fique à vontade… faça seus “comentários”….

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