quinta-feira, 17 de novembro de 2011

eu-alien

Sou este "monólito não-identificado" que simplesmente apareceu por acaso nesta dimensão da existência. Que aparenta remanescer de outros tempos da civilização...
É claro: não posso dizer se estou aquém ou à frente do meu tempo... mas fui renegado, ignorado e abandonado, por não ser compreendido... e ainda assim, me mantenho indiferente às diferenças particulares, e indiferente a todo o ímpeto obsessivo de entendimento das maiorias ressentidas desta época... essas tão obcecadas por assimilação, identificação, controle, e subjugação...
Sou um "ser de outro planeta", que entende as coisas de maneira radicalmente reversa, [multiversa,] e que tentará reduzir as discrepâncias do valor ao total desvalor, o sentido ao nonsense, a soberba à baixeza, e seduzir toda linearidade à singularidade absoluta: isto é, à inevitável ordem cíclica de todos os fenômenos do cosmos.
Enfim, sou aquele que buscará saúde em todas áreas da vida, recusando-me à suposta necessidade de ser ajustado a uma sociedade profundamente doente.

Título da primeira versão: "Por que sou eu?... Por que estou?..."

terça-feira, 28 de junho de 2011

o inexistente

Estou a chegar nos meus 30... Nesses meus 26 anos de idade, nunca mergulhei tanto em reflexões elevadas a fim de buscar uma posição decisiva  frente aos conceitos formados oferecidos pelo mundo. Não buscando uma "verdade absoluta", como faz a maioria das pessoas... mas sim um estágio na vida em que não se pode e não há necessidade de voltar atrás; ou seja, uma Conclusão propriamente dita.

Percebamos: o mundo agora questiona sobre o que existe e o que não existe... na verdade, não questiona, mas busca as opiniões e os pontos-de-vista de seus "especialistas" para estabelecer uma noção irrevogável sobre tais proposições. Já não basta considerar o visível e palpável como exclusiva definição de Existência; tem que ser antes aprovado pela racionalidade "superior" dos estudiosos da Ciência. É como uma catraca linguística, um sistema burocrático que controla a mentalidade de todas as pessoas com a própria hipocrisia... E o pior é que a Existência passa, deste modo, a se submeter às leis mundanas... se vc discordar sobre o que os "especialistas" dizem "não existir", vc será "fora da lei", correndo o risco de ser esculachado, linchado, punido, apedrejado, excluído, abandonado... de sofrer bullying, etc...

Não se trata de um totalitarismo da Lei somente... mas antes, da própria significação... do signo, das identidades, por assim dizer. Se vc não formular conceitos, isto é, se escolher viver de modo nonsense, vc corre o risco de ser reduzido ao estatuto da loucura, e terá que se exilar ou no manicômio ou na prisão... Hahaha! É isso mesmo! Você é nonsense, mas automaticamente ganha uma definição... Quer algo mais insustentável do que isso??...

Essa condição é abrangente... pode ser interpretada em vários níveis das atividades humanas modernas. Vejamos: se vc não produz, se não trabalha, não vende, não compra, não "enriquece", não acumula... se não produz cultura... se não atribui significado... se não submete qualquer coisa a padrões mensuráveis, compreensíveis, definíveis... isto é, se vc não consegue reduzir tudo a "coisa", reificar, a fim de controlar, vc será então relegado à margem da sociedade... Vc não tem o direito de viver em silêncio, muito menos de seguir a vida sem os muros e as linhas sociais de separação entre dois lados opostos... Portanto, a Paz não lhe é de direito... nunca foi! Se vc pensa que neste mundo poderá experimentar Paz, vc está completamente iludido...

O que quero dizer com tudo isso?
Digo que a Paz não existe, pois ao se submeter à Lei, torna-se apenas uma ilusão de paz... Por sua vez, Liberdade, Felicidade e Justiça também não existem... o que temos hoje por essas palavras são meras ilusões.

Vc aí, caro leitor, imerso na ilusão do mundo, assim como eu, nos termos próprios da condição do existente, sabe que paz e justiça não se consegue sem antes trazê-las à existência. A própria História nos dá várias evidências disso... até mesmo o artesanato, o design: só criamos ferramentas e objetos úteis ao dia-dia se antes decidirmos conscientemente trazê-los à realidade, nos engajando em todo esforço necessário para tal.

Ouso dizer que só nos tornamos deuses de nossa própria criação; só podemos ser soberanos sobre aquilo que saiu de nossas próprias mãos. E agora chego ao ponto onde queria, enquanto refletia para desenvolver este texto: o grande problema do mundo, em pleno séc. XXI, são homens que se consideram soberanos a tudo e a todos... Querem sobrepujar a Natureza, o visível, o palpável, o material... querem controlá-la e sujeitá-la ao seu regime de poder... Para tanto, criou a Ciência, com o fito de sujeitar não apenas a Natureza, mas o Universo inteiro (juntamente com todas as criaturas viventes) da mesma forma: sob os mesmos padrões mensuráveis de existência... E isso, pelo menos para mim, é inaceitável!

O homem tem que morrer*, para experimentar a medida mínima de paz e justiça que todo homem procura... quanto à medida máxima, só cruzando a linha entre o existente e o inexistente.

Aliás, e o Universo? 
Peço, por gentileza, que vc se desprenda de seus paradigmas e conceitos formados sobre o que considera "vivente" e "existente". Pense de modo inverso sobre tudo ao seu redor; e eu agora proponho uma questão singular: se o Universo não é eterno, como a própria Ciência corrobora com a teoria do Big Bang; se teve um início, então, antes de tudo, era inexistente, certo? E vou mais longe: digo que, ontologicamente, não existe, pois não pensa. A máxima filosófica tão abraçada por toda a nossa cultura, afirmando "penso, logo existo", nos faz corroborar que os animais não existem, assim como o Mar, os Céus, a Terra e tudo o que neles há: nada existe se não puder pensar como o ser humano pensa... 

Mas eu não sou inteiramente adepto desta filosofia... 
Sou jovem... sei que tenho muito a aprender ainda, pois escolhi ser um eterno aprendiz. Essas questões estão resolvidas para mim (e não estou aqui me gabando por causa disso, que fique claro!)... 
Enquanto a Ciência faz uma tempestade em copo d'água, bastou-me interpretar o microcosmo, junto a todas as suas derivações, para ter um vislumbre sobre as razões do macrocosmo. Digo vislumbre porque só posso concluir, a priori, o seguinte: que nada, nem ninguém vem a existir sem passar pelo crivo de uma decisão consciente. Assim como tudo o que o ser humano cria e traz à existência: conhecimento, cultura, arte, técnica; o Universo foi também inexistente, e num dado momento, trazido à existência por uma grande consciência, superior em si mesma, e que está acima de tudo. Uma consciência que, muito provavelmente, foi instigada pelos enigmas que se lhe impuseram, ou foi ao menos impelida pelo seu próprio ímpeto de desvendar, de descobrir e de superar a si mesma, por meio do esclarecimento. Ou seja, uma consciência que, de repente, decidiu criar o Universo não pelas próprias mãos, mas pelo Verbo: "que haja luz", e num lampejo, tudo lhe foi desvendado e esclarecido.

É como eu mesmo, aqui, redigindo este texto: estou criando pelo verbo, afinal... 
É como na astrofísica a respeito da Singularidade: o oposto de um Buraco Negro, emitindo luz e matéria em pontos aleatórios do universo afora; porém tão letal quanto seu oposto...
É como o amor incondicional: capaz de tudo, sem esperar nada em troca... capaz de simplesmente explodir do nada, assim como no Big Bang...

Aliás, a própria Ciência nos mostra que, antes de qualquer corpo aparecer no Universo, ocorre uma grande explosão; o ser humano também não escapa: antes de ele surgir, na sucessão evolutiva das espécies, precisou que um asteróide atingisse o planeta, devastando quase todas as espécies jurássicas, a fim de garantir ao macaco um lugar ao sol... Tudo isso é verdade. Tudo isso existiu de fato... Não estou sendo sarcástico, muito menos tentando invalidar a Ciência... Mas tudo isso são provas de que essa Consciência Superior transcende não apenas a nós, meros mortais, mas a todo o âmbito da Existência. É a linha entre o existente e o inexistente. Diante dela, não adianta estabelecer uma "verdade absoluta" sobre o que existe e o que não deve existir; seria como dois palhaços dizendo "blablabla", discutindo assuntos vãos... e a maioria dos cientistas e dos filósofos é assim, infelizmente.

A capacidade de tornar-se visível ou invisível, alternando-se nestas condições em momentos apropriados; a tecnologia para tal (como a dos objetos voadores não identificados, de estudo da Ufologia), ou a capacidade para subverter as leis da física livremente, só pode ser algo nonsense em si mesmo... A capacidade de cruzar a linha entre o existente e o inexistente; o livre transitar entre tais condições.

Alguns diriam "ah! mas isso não é estar 'em cima do muro'??? NÃO! ...ninguém pode ficar em cima do muro!"... Eu, porém, digo que escolho imitar a esta grande Consciência; escolho ficar não de um lado, nem de outro, nem "em cima do muro"... Escolho ser, entre todos os meus semelhantes, um eterno aprendiz, não querendo ser um "mestre", muito menos ser chamado de tal; sem deixar, é claro, de imitar a esta Consciência Superior: o mestre de todos nós; tomá-lo como meu maior diretor, e Mestre de fato. Para o Mestre, muro não há! Se, para nós, existem muros, devemos então destruí-los, não sustentá-los... 

Creio que há um propósito para existirmos neste mundo: o de um aprendizado contínuo, cíclico; um processo de evolução tanto darwiniano quanto transcendente, pelo qual nos encontramos agora, se não for no último estágio, é talvez no penúltimo; sendo então o próximo estágio a capacidade de existir e não-existir simultaneamente. O ser humano não pode ser o último estágio na Evolução... Estaremos aptos a cruzar a linha da Existência tão facilmente como piscar os olhos... Uma capacidade que, porém, será conferida a todos aqueles que fizerem o bastante por merecê-la... Condição pela qual vamos finalmente experimentar a verdadeira paz.

– Nota do autor: 
O texto sofreu várias correções, em pequenos detalhes, após sua primeira publicação... Assim como todos os outros posts do blog, desde o primeiro, este necessita de ainda mais revisões... Peço ao leitor que desconsidere sentenças mal formuladas sintaticamente, mas que esteja atento para o fato de que podem prejudicar o entendimento adequado das idéias desenvolvidas. Para além, não sinta-se forçado(a) a concordar comigo... não é o que pretendo com este post...

Em cor cinza, palavas e/ou sentenças que modifiquei, ou acrescentei, para reduzir margens de erro sintático e/ou semântico, e melhorar o entendimento de tudo.

Obrigado por ler!

sábado, 21 de maio de 2011

Ateus e Religiosos: os dois lados da mesma moeda...

– Aqui são comentários que postei, durante esta semana, no blog Paulopes Weblog. 
... É uma produção textual minha que acabou ficando boa, por isso reposto aqui, no meu "blog"... 
Discuti com ateus e religiosos acerca de questões como o "sentido da existência", e a credibilidade da bíblia cristã: sua "autoria" e sua "autenticidade histórica"... Questões sobre as quais "não dou a mínima"... mas que consigo fazer frente, e analisar com críticas pertinentes.
Procurei ser imparcial em minhas considerações, de modo a torná-las ponderáveis tanto para ateus quanto para religiosos (quanto a mim, não me considero nem um, nem outro... sou indefinível).
Fontes: 


Nathan disse...

bem, enquanto religiosos e ateus (que também são religiosos, sem perceber...) ficam aí jogando pedras uns nos outros, eu gostaria de expressar aqui minha livre opinião para a interessante matéria postada, além de alertar aos imaturos de pensamento e coração (Fernando e demais Anônimos) que é melhor para o indivíduo não fazer parte de militâncias, ou ser adepto de partidos, ideologias, tribos urbanas, etc... é melhor estar na imparcialidade do que participar, verbal ou fisicamente, de agressões gratuitas. Afinal "somente os orcs brigam entre si"...

Eu respeito a opinião de Hawkins, admiro o cientista... respeito também as opiniões dos ateus Anonimos...
Hawkins tem uma inteligência digna de ser creditada, e afirmações que valham [valem] uma ponderação livre de fanatismos por parte do leitor. Afinal, os únicos músculos que este homem exercita são os do cérebro! Gosto disso!
Porém, ele chega a cair na armadilha da própria racionalidade, ao tentar explicar a existência das coisas com base em constructos ideológicos criados pelo próprio ser humano...
Se Hawkins quer mesmo "entender" o sentido da existência, ele terá que EXPERIMENTAR, ou seja, terá que morrer e retornar à existência, para conseguir solucionar as incógnitas, amarrar as pontas, e equilibrar as equações, sem deixar margens para hipóteses...
E eu não acredito... EU SEI que, quando Hawkins morrer, vai mudar totalmente seus "conceitos", vai revê-los!
Afinal, REVERSIBILIDADE é uma constante em todo o Universo!

o problema de vcs aí brigando não é "crer ou não crer, eis a questão"... muito pelo contrário: é a paranoia do "real", do palpável, do visível, do calculável, controlável, etc... Uma grande, e infelizmente muito arraigada, PARANOIA!

Nathan disse...

[– Em resposta a] Fernando SEMPRE A LUZ DA BÍBLIA - 17/05/11 01:25
Sim Fernando! Foi o que Jesus fez!
Mas eu não quis dizer no sentido cristão da "experiência"... Apenas usei a mesma lógica que os ateus usam em seus argumentos... É inútil vc se deixar incomodar com o que esses caras dizem... O problema é todo deles!
Agora, se vc, Fernando, é um homem temente a Deus, guarde isso para vc mesmo, em sua intimidade com o Pai, somente... assim como também Jó se mantinha: o tempo inteiro indiferente a críticas e racionalismos de terceiros...
Não adianta mais usar os versículos da Bíblia (pelo menos, não diretamente) para "discutir" com esses caras... Vc tem que lhes DEVOLVER COM A MESMA MOEDA... é o que eu faço! Afinal, são apenas palavras... e palavras são o sistema "monetário" mais primórdio de todos na nossa história...
Eu, linguistica/semioticamente, dou "a Cezar o que é de Cezar". O mundo de hoje dá mais valor a meras palavras do que ao ser humano em si... essa é a grande doença da nossa sociedade... Se vc fala alguma coisa, a pessoa vai se sentir magoada, ofendida, destituída de seus "direitos", e vai começar a revidar tudo... ela começa a julgar e atirar pedras...

Vc tem que mostrar a eles que a Bíblia não é religião, nunca foi... que Deus não existe (pois é o criador da existência), que a realidade é uma ilusão, que o visível veio do invisível (como admitem os próprios cientistas...), que o material veio do imaterial, que a física vem da metafísica, que Deus é ateu (afinal, Ele não acredita em deuses!), que Jesus foi, ao mesmo tempo, o maior ateu, o maior cientista, o homem mais feminista [isto é, o maior precursor do feminismo], o mais inteligente, e o mais "realista" de todos!
Ele desceu e tornou-se humano, para depois voltar à condição orginal, divina. Condição à qual, se merecer, todo o resto da humanidade voltará... inclusive Hawkins (acredito que ele merece!)...


Nathan disse...

pergunta que não quer calar!!

- Como ateus e agnósticos conseguem ser fanáticos (portanto, religiosos)??

1º... buscando a Verdade Absoluta, ou seja, eles são Absolutistas e querem o TOTALITARISMO do conhecimento e do significado. O que eu poderia chamar de Fascismo Semiótico [Fascismo Linguístico/Sígnico/Semiótico]: regimento político, econômico, social e psicológico dos tempos atuais... [é isso mesmo... o fascismo continua... e é dominante no ambiente urbano metropolitano...]

2º... buscando "evidências" palpáveis, visíveis, mas se esquecendo de algo que mesmo cientistas admitem: que o próprio Universo veio do invisível, do INEXISTENTE, de uma "outra dimensão", "de uma quarta dimensão", "desconhecida", etc... ¬¬

3º... adorando imagens (idolatria) de deuses modernos: Hawkins, Einstein, Sagan, Ehrman, etc... considerando estes como os "seres mais inteligentes do planeta"... ¬¬

4º... discriminando o indivíduo que "pensa diferente" deles, como o gnóstico, o deísta, o cristão, o "crente", etc. É o que eu chamo de "idéia-racismo"... ou, para usar um neologismo do mais alto nível crítico e criativo de mister George Orwell: "idéiacrime", rs!

5... apegando-se a objetos de prova, isto é, objetos de culto... Ateus e agnosticos vivem em função de objetos de prova, assim como religiosos vivem em função de objetos de idolatria (esculturas, amuletos, peças de roupas, etc), assim como o burguês idolatra o lucro, o capital, o "progresso", o dinheiro, o bem-material, etc, etc....
Acreditam apenas no que vêem e reverenciam isso... Reverenciam a ILUSÃO...

portanto, 5 razões, e 5 sintomas do indivíduo tomado de ressentimento, insatisfação, insegurança e de um brio desafiado, provocado provocado, desafiado pela maior máxima, o maior desafio "imposto" sobre todo e qualquer ser humano: "amar o próximo como a ti mesmo". Um desafio milenar e que não se restringe à Bíblia, percorrendo várias outras religiões no mundo inteiro... desafio ao qual dificilmente consegue dar conta...

Nathan disse...

ok, sr Anônimo... concordo com vc (e veja bem, eu tenho a capacidade de concordar com alguém que "pensa diferente" de mim, rs!), quando diz que religiosos são os historicamente culpados pela discriminação. Religiosos são assim: interpretam o mundo conforme o aparelho (conceito, ideologia, ponto de vista, etc) que usam para tal, se apegam a isso, adotando como "verdade absoluta", rejeitando  e desprezam qualquer outro indivíduo que usar use um aparelho diferente...

portanto, eu não inverto o ônus da culpa*... admito que também sou culpado, pois sou "crente", sou pecador, sou burguês também (estou aqui, confortável, consultando as "mídias sócio-virtuais", enquanto muitos não têm sequer condições pra isso)...

MAS... as pessoas mudam, meu caro! Quem não muda, não evolui... As coisas se invertem, se REVERTEM.
O homem cristão passou mais de 2000 anos aprendendo a ser um VERDADEIRO cristão. Agora, ele sabe que ser cristão NÃO É SER RELIGIOSO, mas sim: amar o próximo como a si mesmo; não fazer com o outro o que não quer para si; e fazer pelo outro sem esperar nada em troca.
O Amor é o princípio de toda a espiritualidade do ser humano. 
Porém, hoje em dia, surgem militâncias em prol de uma vida sem espiritualidade... em prol de machismos e feminismos, e sem temor ou respeito àquilo que lhes foge à explicação...

portanto, para mim, isso já está evidente ha muito tempo: militantes do Ateísmo (ou de todos os "ismos", isto é, classes/classificações, ideologias/religiões...) caem na armadilha da própria racionalidade, e se tornam aquilo que repudiam... assim como crentes se tornam pecadores...
afinal, como diria Jean Baudrillard, "c'est la réversibilité" - "é a REVERSIBILIDADE"
*[certamente, eu não jogo ping-pong com a bola da culpa... como quis fazer o postante Anônimo... ¬¬]

sexta-feira, 22 de abril de 2011

artigo do meu(nosso) TCC - 2010

– Hey, estou apenas postando o artigo do TCC que meus colegas e eu desenvolvemos em 2010. Este documento foi inteiramente dissertado, redigido e revisado por mim. A pesquisa teórica que lhe deu base consistiu de aproximadamente 60 páginas, com alguns capítulos tendo sido produzidos por outros 3 integrantes do grupo. 
Antes desta pesquisa, a reunião de materiais bibliográficos e referenciais diversos, bem como todo o período de brainstorm, contou com a contribuição de todos os 7 integrantes do grupo. Mas devo ressaltar que a linha de raciocínio, a argumentação, e a criatividade exercida neste trabalho foi de influência majoritariamente minha. É por esse motivo que o exponho aqui, no meu "ghost-blog"
– Só hoje eu resolvi fazer isso... afinal, não me importo em ser um blogueiro assíduo, o que explica meus posts tão tardios.
:)


DOPPEL: Identidade e Sociabilidade no Ciberespaço

- Resumo -
Doppel é um projeto de design em interatividade experimental que explora o conceito da afirmação de identidade como simulacro – um duplo substituto do indivíduo destituído de seus valores originais, submetido a uma condição de morte que corresponde às visões criticas de autores como Jean Baudrillard e Adolfo Bioy Casares. Com isso, propõe então uma experiência digital on-line baseada na desconstrução do avatar e na forma de identidade como um demiurgo (ou anonimato), na perspectiva de fazer o público interator [usuário] experimentar uma nova maneira de encarar o ciberespaço e de entender a si mesmo, experimentando estética e cognitivamente formas de interação não convencionais.
Palavras-chaves: simulacro, identidade, morte.


DOPPEL: Identity and Sociability in Cyberspace

- Abstract -
Doppel is a design project in experimental interactivity that explores the concept of affirmation of identity as a simulacrum – a double replacement of the individual devoid of his/her original values, submitted to a condition of death that corresponds to the critical views of authors such as Jean Baudrillard and Adolfo Bioy Casares. Then proposes a digital online experience based on the deconstruction of the avatar and in the form of identity as a demiurge (or anonymous), relying on the perspective of making the public interactor to experience a new way of looking at cyberspace and to understand his/herself, experiencing aesthetic and cognitively forms of interaction outside the conventions.
Keywords: simulacrum, identity, death.


Versão completa: 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

por que?

Este texto é um comentário que fiz para um post do blog Sedentário Hiperativo. A matéria completa está aqui:
http://www.sedentario.org/colunas/teoria-da-conspiracao/existem-mulheres-estupraveis-39350
em colchetes, eventuais correções ou sentenças que acrescentei aqui, neste meu "desert-blog"...


ok, então, a questão por trás de tudo o que foi discutido aqui é a seguinte:
- Por que o ser humano está ficando cada vez mais demente e fora de controle, rumo à autodestruição?
Vestígios para a compreensão disso estão há milênios atrás… é como uma bola de neve que foi crescendo até chegar ao absurdo dos nossos dias.
Explicarei: o homem está ficando demente, apegando-se a meras ideologias (isto é, religiões, todas elas), perdendo o controle de seus impulsos libidinosos e entregando-se à pulsão de morte, porque, num dado momento/período da história, decidiu rejeitar tudo que pudesse lhe refrear seus processos mentais, desejos e impulsos interiores.
Ele decidiu acreditar apenas no que vê, fazendo vista grossa para o fato universal de que tudo que é visível veio do invisível, e para a invisibilidade retornará. Preferiu dar valor e significado à vida (por isso as religiões…), e fugir da morte a qualquer custo, esquecendo-se de que todo material veio do imaterial, toda vida origina-se do pó, e ao pó retornará, assim como o material está fadado ao imaterial e à completa invisibilidade… O sujeito passou a dar valor maior aos seus desejos, satisfações, a seu “bem-estar”, a seus bens materiais, a status, à sua acumulação de riquezas, poder, concentrar e acumular, sem dar conta do residual que sobra de tudo isso e sem se dar conta de que todo valor concentrado nas mãos de poucos sempre tende a reduzir-se a zero. Afinal, a equação equilibrada é de resto zero, ou seja, sem sobras, sem resíduos… Nada deve sobrar, nada deve restar, nada deve se concentrar, mas sim dividir-se, espalhar-se, repartir-se, compartilhar-se, desfazer-se, desaparecer… morrer…
Nada deve “valer”, mas sim reduzir-se a total desvalor, sobretudo o que sai das mãos do homem, o que ele cria e o que tenta rogar para isso valor maior.
O ser humano esqueceu-se que deve atribuir significado não para a vida, mas sim para a morte, e viver a vida sem sentido. É o que se fazia nas sociedades tribais antigas, até o advento da escrita linear, do código, do pensamento iluminista e da Revolução Industrial. A partir de então, o ser humano passou a viver em função de seu orgulho individual somente, e começou a entrar num processo cada vez mais grave de descontrole, sem saber lidar com tudo que acumulou como cultura, conhecimento, sem saber reduzir tudo a pó… sem aprender “a arte do desapego”. [No passado distante, o indivíduo vivia em prol da tribo/comunidade, não de si mesmo apenas... Dava-se festa para os que morreram, não para vivos. Não havia luto (pelo menos, não tão paranóico como o atual), não havia cemitérios, nem medo de espectros noturnos, sequer fantasmas... O indivíduo tinha uma relação mais próxima e íntima com os mortos... diferente de hoje, quando só se quer evitar e distanciar os mortos dos vivos...]
É por isso que agora vemos o homem destruir a mulher (o machista), a mulher destruir o homem (o/a feminista), e destruir-se a si mesmo, negando sua própria origem, por “puro” e simples prazer.
Ele agora vive em função de prazer sexual, de agrados, de satisfações, de apetites, de respeito, de reconhecimento, méritos, posses… de retornos, recompensas, de dar e receber “em troca”…. E para isso, nada melhor do que considerar tudo como “objeto de troca”, até o próprio ser humano em si.
Agora quer aliviar seus remorços com a ideologia da Sustentabilidade, quando na verdade, já está imerso numa completa Insustentabilidade há seculos, sem conseguir sair disso. Não consegue mais se sustentar, e não consegue mais dar conta de seus resíduos, [seu lixo] e seu “conhecimento” acumulado…
Estamos agora generalizando a demência, a insanidade, a perversão, a promiscuidade, e instituindo a própria loucura como princípio de cidadania e poder estatal… a loucura virou “princípio de realidade”, [virou "realidade integral"]
CONCLUSÃO
Devemos agora aprender a reduzir a zero todo valor acumulado, eliminar todo o [residual], ["igualar as diferenças"], calar a boca, ouvir mais e falar menos, aprender mais e julgar menos, fazer mais pelo próximo do que para si mesmo, e dar significado para a morte, vivendo a vida sem sentido certo ou “absoluto”… Apenas uma minoria muito ínfima consegue viver assim, sem medo da morte, morrendo e renascendo diariamente, por isso, estando longe de serem machistas, feministas, idealistas, religiosos, políticos, cientistas, etc, etc…
E é essa minoria que conseguirá ir além da vida e da morte, e experimentar o que jamais viu, ouviu, ou o que sequer já penetrou em coração humano… pois “muitos são chamados, poucos são os escolhidos”.
ps.: fique à vontade… faça seus “comentários”….

sábado, 2 de abril de 2011

desabafo


Eu cansei e já estou farto de muitas coisas... 
Cansei de julgar as aparências, cansei de tentar aceitar as pessoas só por suas qualidades. Cansei de me adaptar, de me "encaixar" às convenções sociais, ao que as pessoas pensam ser "felicidade", "liberdade",  "justiça", "direitos garantidos", "riqueza", "bem-estar"... Cansei de ter que só agradar, de ser agradado, de respeitar e ser respeitado, de me importar com o que dizem, com o que pensam... Já não me importo mais com gostos, preferências, pontos de vista, opiniões, comentários, depoimentos, posts, etc...
Cansei do paradigma "dívida/pagamento", de esperar alguma coisa "em troca" das pessoas... Cansei de confiar no ser humano, em suas promessas, em suas boas ou más intenções...
Não espero mais nada de ninguém... escolho agora fazer as coisas sem esperar nada em troca, sem esperar retribuição, respeito, reconhecimento, atenção... Chega de trocar economicamente com as pessoas. É insustentável...
Cansei da ideologia da Privacidade, da Propriedade Privada, de esconder as coisas erradas que eu fiz sob o pretexto da Privacidade... Não quero ter mais nada a esconder... 
É insustentável a ideologia da "preservação da vida a qualquer custo", de considerar a morte como algo ruim (não que seja necessariamente bom), ou separada de mim no tempo e no espaço... 
Aprendi que devemos buscar significado não para a vida, mas sim para a morte.
Aprendi que o indivíduo tem que ser aceito por seus defeitos, não pelas qualidades, pois são eles que permitem à pessoa ser quem realmente é, assim como sua própria impressão digital: diferente, singular. A pessoa tem que ser aceita por sua singularidade de ser e existir, sua incompreensibilidade inerente, o nonsense inerente a todos nós, aos fatos, aos fenômenos, e à própria Natureza.

Não me agrade, não me respeite...
xingue-me, julgue-me, critique-me, enfrente-me, desafie-me... crucifique-me...
Demagogia? Não, cansei de ser demagogo também. 
Fique à vontade para fazer o que quiser, mesmo não sabendo o que faz...

Derrotado?? Não, muito pelo contrário!